sensato às seis da manhã

Acendo um cigarro. Trago forte. Fico encostado na porta por um tempo. Tento ouvir o que há lá dentro. Viro a chave. Entro. Dou alguns passos no escuro. Ligo a TV. Coloco no mute. Vou para a cozinha e abro a torneira. Bebo até ficar estufado. Sento em frente a TV. Espalhado pelo chão, anotações, cd’s, livros, meu corpo. No silêncio vasculho pensamentos. Procuro por idéias fixas. Mas idéias fixas não existem. Elas se desprendem tão logo viram idéias. Apago o cigarro.

Nenhum comentário: